Minha foto
Brazil
Solia é uma das tantas caras que possuo. No entanto, a que mais aprecio. Ela é meu lado artístico, meu lado excêntrico, meu lado vivo. Vivacidade esta, a qual me encoraja a cuspir ao mundo meus sentimentos, meus desejos sem preocupar-me se carregam ou não coerências e normalidades. Afinal, do comum o mundo já está farto.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

passatempo

Se em alguma partezinha ela tivesse uma alavanca ou uma manivela eu giraria com toda a minha força. Fecharia os olhos e quando abrisse, estaria com a pele cheia de rugas, os cabelos mais brancos que a pureza da neve e uma bengalinha, de madeira mesmo, para segurar todo o peso de uma vida.
Mas levando nos olhos a doçura e a paciência que a pele tão lisa da juventude não traz.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Enquanto isso, meu chaveiro tilinta

Eu abri a porta, mas agora não sei exatamente o que fazer.
Se for para fechá-la tenho que passar a chave, mas se eu deixá-la aberta tenho medo do que possa entrar. Chuva, vento, pedras, sujeira...
E tu estas aí estática, com o olhar perdido no mundo, sentada nessa almofoda suja sem nem sinal de reagir. Não sei se me protegerás de todo esse perigo e me colocarás no teu colo de modo seguro como um dia fizeste.
O amor te acovardou, te deixou amarrada nesse chão sujo e não consegues levantar, me olhar, se entregar.
Te abraço, mas o teu corpo não me abraça, nem ergues os teus olhos nos meus. Sinto teu coração bater tão forte, tua respiração acelerar, mas nada me fazes, nem um tapa ou um carinho, um grito ou um suspiro. Apenas o silêncio me entregas.
Se teu amor não é possível, não sei o que mais posso esperar.